Qual
a área do conhecimento mais importante em gerenciamento de projetos?
Quando faço essa pergunta, as respostas são as mais variadas.
Fico surpreso de que muitos respondem: custo ou tempo. Isso demonstra um problema crônico da transição de uma cultura de “fazejamento” para uma cultura de planejamento e gerenciamento.
Fico surpreso de que muitos respondem: custo ou tempo. Isso demonstra um problema crônico da transição de uma cultura de “fazejamento” para uma cultura de planejamento e gerenciamento.
Anthony Mersino, em seu livro Inteligência Emocional para Gerenciamento de Projetos,
diz que a cultura organizacional é um ponto essencial para o
gerenciamento dos projetos. Até aqui, nenhuma novidade. Mersino
salienta que basta observar os comportamentos que são recompensados e os
que são punidos para saber como os projetos são gerenciados numa
organização.
Em geral, planejamento muito detalhado e demorado é punido. Por outro lado, “mostrar trabalho”, isto é, partir para a execução rapidamente, é frequentemente recompensado. O esforço de recuperar projetos é mais valorizado do que o trabalho de prevenir que esses projetos entrem em crise. Isso nos remete ao segundo parágrafo deste artigo.
Em geral, planejamento muito detalhado e demorado é punido. Por outro lado, “mostrar trabalho”, isto é, partir para a execução rapidamente, é frequentemente recompensado. O esforço de recuperar projetos é mais valorizado do que o trabalho de prevenir que esses projetos entrem em crise. Isso nos remete ao segundo parágrafo deste artigo.
Toda a confusão e pressão, causadas pelo
ambiente competitivo, globalizado e com mudanças cada vez mais rápidas,
resultam numa falsa ideia de que a produtividade está relacionada
apenas à velocidade. Na verdade, produtividade não é apenas fazer mais
rápido. Produtividade é fazer certo a coisa certa.
Isso nos leva a outra área do conhecimento frequentemente mencionada como sendo a mais importante: qualidade. Afinal, se algo não precisa ser feito com qualidade, então não precisa ser feito. Outras áreas frequentemente mencionadas são riscos e comunicação. Isso porque comunicação, gerenciamento de stakeholders e soft skills são a última moda em gestão. Riscos, por sua vez, é hoje tido como um diferencial competitivo, embora a maioria das organizações os gerenciem muito mal.
Isso nos leva a outra área do conhecimento frequentemente mencionada como sendo a mais importante: qualidade. Afinal, se algo não precisa ser feito com qualidade, então não precisa ser feito. Outras áreas frequentemente mencionadas são riscos e comunicação. Isso porque comunicação, gerenciamento de stakeholders e soft skills são a última moda em gestão. Riscos, por sua vez, é hoje tido como um diferencial competitivo, embora a maioria das organizações os gerenciem muito mal.
O fato é que, se existe uma área mais
importante, acredito que essa área seja Escopo. É o escopo do produto e
do projeto que determina todas as demais áreas. As tarefas são feitas a
partir da EAP, os custos são calculados a partir dos recursos estimados
para as tarefas, a qualidade depende do escopo do produto e projeto, as
comunicações são o suporte para o funcionamento do projeto, RH cuida do
maior ativo do projeto – as pessoas, o gerenciamento dos riscos tem como
objetivo manter o escopo nos trilhos e, por fim, as aquisições compram
os materiais e insumos que precisamos para trabalhar. Temos ainda a
Integração, que procura unir todas as demais áreas, além de coordenar,
supervisionar e integrar a gestão do projeto.
Mas, ao final do projeto, o que
desejamos? Bem, como gerente de projetos, muitas vezes, desejamos apenas
nos livrar dele! Mas os principais stakeholders, em especial o
patrocinador e o cliente, o que eles esperam? Eles esperam o produto,
serviço ou resultado exclusivo que o seu projeto prometeu entregar. Para
o cliente, relatórios, cronogramas, plano de comunicações, curvas do
Valor Agregado não terão mais importância nenhuma. Ou seja, são
documentos resultantes de projetos que dão suporte e auxiliam para que o
escopo do projeto seja executado.
O grande problema é que os gerentes de
projeto estão priorizando tempo e custo na tríplice restrição, enquanto
na verdade deveriam se preocupar primordialmente com o escopo. O
resultado disso é a grande taxa de fracasso mostrada nos CHAOS Report, por exemplo.
A conclusão é que, se ainda não
dominamos o gerenciamento do escopo, investir nas outras áreas pode não
trazer as melhorias desejadas. O gerenciamento do escopo se inicia com a
demanda do projeto (problema ou oportunidade) e o estabelecimento dos
objetivos do projeto em seu Termo de Abertura. Posteriormente, no grupo
de processos de Planejamento, atenção especial deve ser dada à coleta de
requisitos, o que irá permitir a definição da solução e determinação do
escopo do produto e do projeto. Finalmente, durante a execução, o
controle integrado de mudanças deve estar sempre alerta, utilizando um
processo formal de mudançahttp://blog.mundopm.com.br/2012/01/25/qual-a-area-do-conhecimento-mais-importante-em-gerenciamento-de-projetos/
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