quarta-feira, 31 de julho de 2013

ATITUDES VENCEDORAS

A vida é feita de escolhas. Não podemos escolher o que a vida vai colocar à nossa frente, mas podemos escolher como reagimos ao que ela nos apresenta.

Se a situação atual é boa ou ruim, isso se deve à qualidade das escolhas que fizemos; portanto, se desejamos construir a melhor versão do futuro, precisamos melhorar a qualidade das nossas escolhas.

Para fazer isso é necessário entender que decisões são escolhas teóricas e atitudes são escolhas colocadas em prática.

Não são nossas decisões que mudam o mundo e nosso futuro, são nossas atitudes!

Há dois tipos de atitudes: as limitadoras e as vencedoras.

Atitudes limitadoras são as que restringem nossas possibilidades de sucesso e felicidade. Elas estão ligadas aos nossos medos e mecanismos de defesa. Como o ser humano não quer sofrer ele se protege, e ingenuamente, não percebe que o excesso de proteção é mais perigoso que o que ele temia.

Quem se protege demais não ousa, não inova... não vive!

Abrir mão dos nossos mecanismos de defesa consiste em compreender que corajoso não é quem não sente medo, mas quem segue em frente mesmo sentido medo. A coragem é um medo que não paralisa!

Enquanto nos defendemos, não crescemos, apenas fugimos das responsabilidades arrumando desculpas nobres para atitudes pobres. Toda atitude limitadora transforma uma dificuldade em um problema.

Precisamos eliminar nossas atitudes limitadoras, substituindo-as por atitudes vencedoras. 

Atitudes Vencedoras são as que estão alinhadas com a nossa autorrealização. É através delas que nos tornamos quem nascemos para ser. São escolhas que contribuem com nosso crescimento pessoal, com a expansão de nossas possibilidades, com a plena utilização das nossas potencialidades e do nosso talento. São atitudes que nos trazem benefícios na esfera da integração do ser, tornando-o pleno, completo, realizado. Elas nos conduzem ao sucesso e resultam em especial fonte de prazer e satisfação. Atitudes vencedoras transformam dificuldades em oportunidades.

A qualidade da nossa vida pessoal e profissional depende da qualidade das nossas atitudes. O poder de transformar o mundo interior e exterior, escrevendo uma nova versão da nossa história se resume à nossa capacidade de fazer escolhas melhores, escolhas vencedoras que nos engrandecem e fortalecem.

O filósofo Aristóteles dizia: “Nós nos tornamos aquilo que repetidamente fazemos!”. Sócrates propunha: “O exercício contínuo da virtude, torna virtuoso o coração!”. Arquimedes proclamava: “Me dê um ponto fixo e uma alavanca e eu moverei o mundo!”.

A alavanca capaz de mover nosso mundo pessoal e nos colocar em sincronismo com nossas forças é exatamente a alavanca das atitudes vencedoras. Este tema é tão encantador que o estudei por mais de uma década, todos os dias, para escrever os livros “Atitudes Vencedoras” e “51 Atitudes Essenciais para vencer na Vida e na Carreira”. Nestes livros, vamos a fundo estudando cada uma das 51 atitudes essenciais e a melhor maneira de orientar nossa vida através da filosofia das atitudes vencedoras.

Seja qual for o seu momento atual, uma coisa é certa: ele é fruto das suas escolhas (atitudes) conscientes e inconscientes.

E o mais importante: o próximo momento pode ser profundamente melhor se você aprender a fazer escolhas melhores.

Nenhum ser humano deve passar pela vida sem acontecer. O autoconhecimento é a chave para podermos reorientar nossas vidas para o sucesso, a prosperidade e a felicidade.

Lembre-se sempre: sonho sem atitude é delírio!

Vença seus mecanismos de defesa conscientes e inconscientes. Viva uma vida em grande estilo, repleta de realizações memoráveis. Você possui o potencial de fazer as coisas acontecerem. Transforme este potencial em realidade, dedique-se a desenvolver Atitudes Vencedoras.


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Muitos anos de casa ...

   Conversei há pouco tempo com um jovem executivo de uma rede de supermercados que me procurou com uma urgência: estava havia três anos na mesma empresa e, por isso, considerava-se ultrapassado. "Ficar mais de três anos no mesmo emprego é coisa do passado, não é? Preciso mudar." Fiz algumas perguntas sobre a carreira dele, sobre sua situação profissional e expectativas e rapidamente confirmei minha suspeita inicial: ele realmente não precisava de outro emprego. Na verdade, estava correndo o risco de prejudicar a própria carreira com a crença de que tinha de mudar a qualquer custo.

De fato, a diminuição do tempo de permanência dos profissionais nas empresas tem gerado atitudes perigosas. Muitas vezes, sem se dar conta, alguns profissionais adotam uma espécie de "carreirismo inter-empresarial". É um fenômeno que consiste em considerar como valor absoluto a rápida movimentação na carreira. Em vez de focar nos resultados do próprio trabalho, nas perspectivas de crescimento na organização, nas possibilidades que podem se abrir, o profissional joga toda sua energia na tentativa de receber convites para trabalhar em outro lugar.

Esse frenesi carreirista é extremamente danoso. A construção de uma carreira brilhante se mede pela obtenção de resultados brilhantes. Como conseguir resultados realmente impactantes se não nos dermos o tempo necessário para isso dentro de uma organização? Não há dúvida de que é importante estar aberto ao mercado, procurar tornar-se conhecido. Mas, antes disso tudo, é muito mais importante dedicar-se à organização à qual você pertence como se nunca fosse sair dela. Pode parecer paradoxal, mas é a mesma sabedoria de Vinicius de Moraes, ao falar do amor: que seja eterno enquanto dure.

Para quem está sofrendo dessa mesma angústia de mudança, eu gostaria de repetir o que disse ao meu jovem interlocutor: tenha calma. Analise sua situação na empresa em que trabalha de maneira objetiva, realize um inventário das possibilidades e perspectivas de médio prazo ali dentro. Pergunte-se, ao mesmo tempo, pelos resultados que você tem obtido -- não simplesmente em termos de promoções, mas do ponto de vista das realizações profissionais. Qual foi o seu grande feito? Essa é a pedra de toque do sucesso na carreira, não a correria de uma empresa para outra.

Ao perseguir o objetivo de mudar a qualquer custo para não se achar ultrapassado, o profissional acaba também correndo o risco de prejudicar o próprio desempenho. Pois querer mudar é querer sair de onde está -- o que se traduz em menor empenho, menos equilíbrio e mais insatisfação. Isso trará reflexos negativos diretos na maneira de agir, de pensar, de trabalhar.

Além disso, o cenário de mudanças de emprego mais rápidas foi muito forte nas empresas de internet, durante a bolha de crescimento, e é muito mais significativo hoje nos Estados Unidos, por exemplo, do que no Brasil. Não é uma verdade aplicável indistintamente a qualquer situação. Eu ousaria mesmo dizer que em nosso país a maioria dos altos cargos executivos ainda é ocupada por profissionais com muitos anos de casa.

Construir alguma coisa sólida requer tempo, paciência, dedicação. Ao substituir a pergunta "aonde eu quero chegar" por "o que eu desejo construir", você conseguirá certamente ir bem mais longe do que havia sonhado. Pois aí o tempo vai se tornar seu aliado, não seu inimigo. E é uma grande coisa ter o tempo a nosso lado.

Artigo de autoria de Simon M. Franco, publicado na Edição 802 da Revista EXAME

Seja Valorizado !!

Para ser valorizado, você precisa ser maior do que o próprio cargo.

A cena se repete. O profissional está num processo de seleção no qual são exigidas diversas qualificações. Ele é aprovado, começa a trabalhar na empresa e descobre que nada do que foi exigido antes será usado no seu dia-a-dia.

O exemplo clássico é o conhecimento de línguas estrangeiras. Muitas organizações exigem que o candidato a uma vaga saiba inglês ou espanhol, mas esses idiomas nunca são necessários na atividade para a qual ele é contratado.

Esse tipo de situação gera desconforto. As empresas parecem querer pessoas superqualificadas para desempenhar funções que não requerem grandes qualificações.

Esse desconforto atinge todos os tipos de profissional. Os que têm as qualificações exigidas podem ficar frustrados ao perceber, após a contratação, que elas não eram indispensáveis. Os que não as têm reclamam do excesso de exigências. Afirmam que têm as competências necessárias para a vaga em disputa, mas são injustamente afastados de qualquer chance.

Para desfazer essa ambigüidade, é preciso que tenhamos consciência de que a avaliação de um candidato não se restringe mais às habilidades específicas do cargo ocupado.

Um profissional que domina uma língua estrangeira, tem pós-graduação ou possui especializações é sempre mais valorizado, mesmo que essa língua, pós-graduação ou especialização não tenham relação direta com seu trabalho. Isso porque esses conhecimentos aparentemente excedentes indicam que se trata de alguém com capacidade de aprendizado, interesse no autodesenvolvimento e maior amplitude de visão.

O mesmo vale para quem já está empregado. É comum a queixa de subaproveitamento por parte de profissionais que sabem muitas coisas que não usam diretamente em seu trabalho. No entanto, se não possuíssem esse excedente de saber, essas pessoas provavelmente não estariam ocupando aquele cargo. É por saberem mais do que o necessário que elas se mantêm empregadas.

Uma organização moderna precisa desses excedentes de saber. O profissional também. Essas reservas de conhecimento constituem uma energia potencial acumulada. É isso que permite à empresa reagir prontamente a novos cenários e a novos desafios, que surgem cada vez com mais freqüência.

Essa reflexão nos propõe um desafio. Qual é nosso tamanho em relação ao cargo que ocupamos? Em quanto nós conseguimos exceder as exigências de nossa função atual?

Ao contrário do que parece, se nós somos perfeitamente adequados, se preenchemos exatamente aquilo que é necessário, sem nenhuma sobra, já entramos perigosamente na região da insuficiência.

Buscar a excelência -- e, antes disso, a competitividade no mercado -- significa possuir sempre mais habilidades do que o necessário, saber sempre mais do que o suficiente. Em outras palavras, ser sempre melhor do que o cargo que ocupamos, seja qual for o nível dentro da estrutura empresarial. Pois os profissionais perfeitamente adequados nunca são lembrados para subir na carreira. São, também, mais facilmente substituíveis por outros profissionais igualmente conformados com os limites de seus cargos.

Artigo de autoria de Simon M. Franco, publicado na Edição 812 da Revista EXAME 

Exercite a síntese de sua comunicação e pare de perder oportunidades

    Eu sempre fui muito sensível com as palavras. Talvez porque estudei Letras e uma das disciplinas, estilística, envolvia decifrar o que ...