quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Algoritmos vão alterar seu comportamento: e outras previsões tecnológicas da Gartner - comentadas

A transformação digital vem cada vez mais forte e o que um dia não fomos capazes sequer de prever, já está acontecendo. De acordo com a consultoria Gartner, veremos realidade aumentada, declínio de aplicativos móveis e mudança na navegação web a partir de comandos de voz.
A Gartner elencou 10 tendências para os próximos 4 anos que você precisa ficar de olho. Selecionei algumas delas e complementei com comentários próprios.
 
Realidade aumentada na hora de comprar
A experiência de compras deve ser otimizada pelas marcas em dispositivos móveis. A realidade aumentada vai elevar o nível de informações digitais, como textos, imagens, vídeos e áudios para engajar, seja em lojas físicas ou on-line. Um exemplo? Você está andando em um supermercado e poderá ver diferentes itens flutuando no ar usando óculos especiais para isso (de realidade aumentada, claro), que serão bem mais discretos e elegantes que os atuais tijolões. Ao comprar on-line, você poderá ver como móveis ficariam em sua casa apontando a câmera para o ambiente e, assim, escolher os melhores itens para sua casa, já tendo uma ideia sobre como eles vão ficar.
 
Conversas com bots vão aumentar
Assistentes virtuais como o Alexa ou Siri vão evoluir ainda mais e em 4 anos 30% das sessões de navegação na web ocorrerão sem precisar de uma tela, apenas por voz. Isso será possível porque continuamente a compreensão da linguagem natural vem melhorando. Novas tecnologias dedicadas ao áudio, como Google Home ou o Amazon Echo, vão permitir que você dê comandos usando mãos, olhos e voz, em contextos diversos do dia a dia, como cozinhar, dirigir, caminhar, se exercitar, entre outros. O acesso a recursos on-line ocorrerá praticamente o tempo todo. Há desafios a serem superados para chegar a esse cenário, mas aos poucos eles são discutidos e resolvidos.
 
 
Só os aplicativos móveis realmente úteis vão permanecer
Em 2019, 20% das grandes marcas deixarão de usar seus aplicativos móveis próprios como ponto de conta com seus clientes, isso porque eles tem se revelado como não tão relevantes e ocupados de memória de smartphones, pouco utilizados e com custo maior que o benefício. A web móvel será mais usada, principalmente após a abordagem "Progressive Web Apps", ou seja, o acesso começa no navegador e progressivamente a página se torna mais app, à medida em que os usuários interagem e engajam. Para o usuário a vantagem é não precisar instalar mais um aplicativo. Viveremos a era pós-app, com agentes inteligentes criando dinâmicas e contextos, facilitando o trabalho diário e deixando apenas as decisões realmente humanas a cargo do humano. Este item vai evoluir continuamente e se expandirá nos próximos 20 anos, de acordo com a Gartner.
 
Algoritmos serão usados para alterar positivamente o comportamento
Por meio de uma espécie de assistentes virtuais, vão usar conhecimento baseado em aspectos comportamentais, psicológicos, sociais e cognitivos para levar à tomada de decisões ao realizar uma atividade ou um trabalho, por exemplo.Neste sentido, um exemplo seria um programa capaz de escutar chamadas de atendimento a cliente e de sugerir ao atendente a melhor maneira de responder à pergunta. Outra forma seria um aplicativo inteligente capaz de acompanhar a rotina de quem dirige e seus algoritmos calcularem de forma personalizada o custo do seguro, permitindo que quem dirige menos ou de forma mais prudente pague menos, por exemplo. Nesta linha já existe algo bem bacana surgindo no Brasil, a Thinkseg, uma plataforma que traz a proposta de permitir contratação de seguro por meio de um aplicativo de forma simples e com preço justo.
Essa possibilidade pode até assustar inicialmente, mas esses algoritmos serão utilizados de modo a gerar resultados positivos e podem acabar provocando mudanças de diversas formas, no contexto de um seguro com preço personalizado e justo, a mudança poderia ser um trânsito melhor na cidade e motoristas mais cuidadosos.

Atividades de engajamento envolverão ao menos um dos sete gigantes digitais
Hoje 85% dos investimentos em mídia estão concentrado entre gigantes como Google e Facebook. E cada vez mais o consumidor será dependente deles e de outras grandes empresas como Apple, Amazon, Baidu, Alibaba e Tencent.
Conforme o mundo se torna cada vez mais digital, mais as atividades realizadas deverão incluir um destes gigantes. 
Leia mais sobre como isso será também um monopólio tecnológico.

Inovar não será barato
Para a consultoria, para cada dólar destinado à inovação, serão gastos sete vezes mais para executar um projeto, pois haverá necessidade de novas arquiteturas e tecnologias, como aprendizagem de máquinas.

Demanda de armazenamento vai aumentar com a internet das coisasA enorme quantidade de dados que serão produzidos pela internet das coisas vai trazer um aumento da demanda por armazenamento, que já deverá subir para 3% em 2018. Até 2020 serão quase 21 bilhões de pontos que deverão estar em uso. O motivo é que os dados gerados pelos dispositivos majoritariamente serão armazenados localmente e por menos tempo, sendo seus algoritmos quem determinarão quais deles devem ficar mais tempo registrados.A internet das coisas também levará a uma economia de 1 trilhão de dólares por ano, pois sensores poderão prever a necessidade de manutenção de um hardware, por exemplo, reduzindo custos com manutenção e bens de consumo.
Analytics serão usados para encontrar padrão em dados brutos e profissionais especialistas na análise desses dados vão ser requisitados para desenvolver soluções que envolvam aprendizado de máquinas, mineração, exploração e visualização de dados, trabalhando com dados estruturados ou não e realizando análises complexas para resolver problemas, entender fatores que geram o consumo, segmentar melhor clientes, interpretar dados, direcionar decisões, entre outros. (aliás, estou procurando um cientista de dados para contratar)

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