quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Cursos gratuitos (ou quase isso) de grandes universidades !

Coursera — pra mim, a melhor plataforma para cursos online: tem muitos cursos ótimos de graça, de universidades reconhecidas como Yale, Stanford, Princeton e outras mais.
edX — outra excelente plataforma de cursos e aulas pela web — um projeto colaborativo entre a Harvard University e o MIT.
Udemy — é mais um site de educação online com mais de 30 mil cursos, sendo que os da área de tecnologia são o destaque aqui.
MITOpenCourseWare — imagina que beleza a ideia por trás desse site: todos os materiais dos cursos do famoso MIT (Massachusetts Institute of Technology) disponíveis na internet, para download! Enjoy!
Codecademy — um excelente site para aprender códigos/programação para a web, de forma interativa. Foi onde aprendi (quase) tudo o que sei sobre HTML e CSS…
Miriada X— uma plataforma de cursos como os citados acima (MOOCs), só que em espanhol! Que maravilha, não? Apenas cursos de universidades iberoamericanas e patrocinados pela Telefónica e pelo Santander. 
Veduca— um site brasileiro com cursos gratuitos por video, nos moldes dos demais, de instituições renomadas, como USP, UnB, Unicamp, Harvard, MIT e outras mais. 
Khan Academy— uma plataforma mundialmente reconhecida que funciona mais ou menos como uma escola online, com cursos gratuitos, sobre matemática, ciências, economia e finanças.

Aprender uma nova língua

Duolingo — interessante, altamente visual e em forma de game, você realmente aprende novas línguas aqui. Tente e verás!
BBC Languages — um dos sites mais tradicionais e há mais tempo oferecendo aulas de diversas línguas na web: uma solução completa com áudio, video e games que cheguei a usar bastante no meu tempo de professor, há mais de 10 anos! Recomendo!

Abrir a mente
 
TED Talks — você já deve ter ouvido falar: uma série de palestras curtinhas (com menos de 20 minutos) sobre diversos assuntos, abordados de maneira precisa e inspiradora. E tem também no Netflix.
Quora — a ideia deste site é bacana: você pergunta algo e as pessoas respondem de acordo com suas experiências e conhecimentos. É simples e rápido e dá pra achar muita resposta boa (que fazem pensar ou apresentam um novo ponto de vista) sobre diversos assuntos.
Learnist — um projeto colaborativo no qual os usuários compartilham seus conhecimentos em assuntos tão diversos como negócios, arte, design, entretenimento, tecnologia etc.
Slideshare — comprado há algum tempo pelo LinkedIn, é o melhor site de apresentações na web. Use-o não apenas para aprender mais sobre alguma coisa através de slides, mas também para ver como determinado assunto foi abordado e como a própria apresentação foi feita. E o melhor é que muito do conteúdo disponível é o oficial usado em grandes empresas, startups e eventos.
 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Seja o número 1: É a única estratégia para enfrentar 2016

 O segundo homem a pisar na Lua não entrou para a história. Ninguém lembra de quem ganhou a medalha de prata. O filme em segundo lugar nas bilheterias não fatura um pouco menos, fatura muito menos que o primeiro.

Justo? Injusto? Herança genética que faz o clã seguir o macho alfa? Conspiração capitalista? Como você quiser. O fato é que é assim. É mais assim ainda em época de crise econômica. E apesar de termos consciência disso, raramente agimos de acordo.

É a estratégia mais tiro-e-queda que eu conheço para ganhar dinheiro: ser o número 1. Significa ser a primeira marca em que o cliente potencial pensa, quando está pensando em uma categoria de produtos. Tem um milhão de empresas boas por aí, oferecendo produtos e serviços bons. E muito poucas oferecendo aquela coisa imperdível, que você não pode viver sem. Essas têm uma vantagem competitiva absurda. Atraem mais consumidores, mais atenção, mais investimentos, mais tudo.

Isso não tem nada a ver com market share. Não se trata de ser o maior. Nem o primeiro a chegar ao mercado. Nem o mais inovador, sustentável, a melhor empresa para trabalhar. Parabéns para a empresa que mais inova, menos polui e é ótima empregadora. Mas estou falando de outra coisa.

Difícil eu escrever sobre negócios. A razão é óbvia: é minha área e, francamente, não vou entregar o ouro assim para qualquer um que está passando na rua... fora que, nesses anos todos como jornalista e blogueiro, já dou pitaco sobre tanta coisa, não vou dar uma de guru sabe-tudo do business. 

Mas montei minha primeira empresa em 1993. De lá para cá montei outras, vendi, investi, desinvesti, dei muita cabeçada e também dei sorte de vez em quando. Ganhei umas, perdi outras, aprendi um bocado. Então abro uma exceção para dar essa dica, porque de fato sei algumas coisas sobre negócios. E de fato, o ano de 2016 está pedindo. Tenho visto tanta gente se dando mal com suas empresas que me sinto na obrigação a compartilhar uma das poucas coisas que aprendi. Aprendi principalmente a focar no que é mais importante.

O foco em ser o número 1 é uma coisa que raramente aparece em livros de gestão e blogs de empreendedores. Se você trabalha em uma empresa, é importante entender exatamente o que significa ser o número 1. Se você é o fundador ou gestor de uma empresa, é mais importante ainda.

Vou dar um exemplo muito claro, de um ramo que conheço muito: a indústria de Livros. Quem é a editora número 1 do Brasil neste momento?

A Darkside é a editora número 1 do Brasil.
A Aleph é a editora número 1 do Brasil.
A JBC é a editora número 1 do Brasil.
A Ideal é a editora número 1 do Brasil.
Não conhece nenhuma delas? Não se culpe.

É porque você não é fã de Terror, Ficção-Científica, Mangá ou Rock, respectivamente os segmentos em que elas são focadas, e em que cada uma delas é indiscutivelmente a número 1. As quatro têm produtos excelentes, catálogos focados, comunicação orgânica e eficiente com os fãs de cada um desses gêneros.

Mas quem é a editora número 1 do Brasil "de verdade"?

A pergunta não faz sentido e a resposta não importa pra ninguém. Certamente é uma editora gigantesca, que atua em um monte de segmentos, e publica todo tipo de livro para todo tipo de leitor. E nenhum leitor compra seus livros por ser dessa editora. Então qual a vantagem de ser a maior, sem ser a número 1?
Uma empresa com essas características é, principalmente, um grande alvo.

Hoje, com a facilidade da comunicação digital, é viável você criar uma marca que é a número 1 para um número suficiente de consumidores. E se for mesmo, deixam de ser consumidores e viram fãs, amigos, evangelizadores. Clientes fiéis - enquanto você for o número 1. Escorregou para o segundo lugar, tchau.

Depois de todos esses anos, aquela história de Cauda Longa finalmente faz sentido. Mas de uma maneira diferente do discursinho "tem espaço para todo mundo". Tem nada. Tem é espaço para toda empresa que seja a número 1.
Essa estratégia vale só para o mundo editorial? Só para empresas de nicho? É coisa de "empresa de internet"?

Não mesmo. Vale para qualquer segmento. De qualquer tamanho. Vou dar um exemplo da minha vizinhança. Com a recessão, muitos bares e restaurantes da Vila Madalena andam às moscas. Mas o Galinheiro Grill segue cheio. Começou com uma portinha, hoje ocupa uma esquina gigantesca. Serve todo tipo de carne grelhada, com todo tipo de acompanhamento.

Mas o nome resume o que eles prometem e entregam brilhantemente. Eles fazem o melhor galeto grelhado da região. Há décadas. Sem falha. Por um preço honesto. O que significa preço honesto? Significa que você não se incomoda de pagar um pouco mais caro do que em outros lugares, porque o Galinheiro Grill é o número 1. Por isso vive cheio em plena crise.

Falar em grill dá sede de cerveja. Os brasileiros mais ricos do planeta usaram exatamente a mesma estratégia. O império global da 3G Capital começou com um insight. Em grande parte dos países emergentes, empresas familiares ganhavam rios de dinheiro com a sensacional margem de lucro que se materializa quando você transforma água em cerveja.

Lemann, Telles e Sicupira decidiram ser os cervejeiros número 1 do Brasil. E depois, do mundo. Têm outros negócios? Agora têm: Burger King, Kraft-Heinz - negócios que têm boa sinergia com o principal, que é cerveja. Mantêm a obsessão em ser o número 1 da cerveja, com distância cada vez maior do segundo colocado. E certamente querem ser o número 1 em fast food, salgadinhos e por aí vai. Clareza absoluta. O livro sobre eles chama "Pense Grande". O que todo gestor tem a aprender com eles é: pense unicamente em ser o número 1.

Volto ao mercado editorial e a minha experiência pessoal. Durante alguns anos, fui sócio da editora de revistas número 1 para o público infanto-juvenil. Era a Conrad, e dominávamos bem esse segmento, com as revistas Herói, Pokémon Club, Nintendo World, EGM, Super Menina, Smack. E mais revistas de atividades, cards colecionáveis, adesivos. E mangás como Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco.

Como estávamos ganhando um bom dinheiro, resolvemos diversificar. Tínhamos caixa para investir. E já que conquistamos tanto sucesso com esse público jovem, porque não teríamos com outros públicos também? Nada engana mais que fazer sucesso. Quando menos percebeu a gente já está se achando um gênio dos negócios.

Então criamos uma editora de livros para adultos. E investimos em revistas para adultos. As duas frentes se provaram muito difíceis. Exigiram muita dedicação da gente. Dedicação que deixamos de ter com o segmento que dominávamos. Foi distração e desperdício.

Tenho orgulho do que fizemos no segmento adulto, mas só como editor. Como empresário, tenho vergonha. Foi uma das maiores barbeiragens da minha vida.
Essa diversificação nos tirou do número 1. Foi o começo do fim, que para mim chegou em 2005, quando deixei a primeira empresa que fundei. 

O caso mais evidente de empresa que só se deu bem quando decidiu ser a número 1 é o da Apple. Ao voltar à direção da empresa, em 1997, Steve Jobs não reconhecia a empresa que criou. A companhia tinha então uma linha de produtos gigantesca. Notebooks, desktops, o portátil Newton, impressoras, periféricos diversos. Para muitos segmentos: estudante, profissional, empresa. Cada um em diversas versões, para atender todos os tipos de consumidor possível e imaginável. E com diferenças específicas para cada um dos grandes varejistas, conforme suas especificações.

A Apple fazia de tudo. E não era a melhor em nada.

Jobs focou em ser o número 1. Não em tudo. Nem em computadores. Mas somente e exclusivamente a marca número 1 de computadores para pessoas criativas. Jogou fora toda a linha anterior de produtos da Apple. A nova linha teria só quatro produtos. Um desktop e um notebook para uso profissional de pessoas criativas, e um desktop e um notebook para uso doméstico de pessoas criativas.

Tirou o disk-drive dos computadores e botou todas em caixas coloridas e divertidas. O slogan reforçava que os produtos da Apple não eram para todo mundo, de propósito, eram só pra você, que é meio doido, criativo, especial (ou aspira a ser tudo isso): Think Different. E criou lojas doidas, criativas e especiais para vender seus produtos.

Todos esses anos depois, a Apple mantém exatamente a mesma estratégia: ser a marca número 1 para esse grupo. E todos esses anos depois, quantos outros produtos a Apple lançou? De importantes, pouquíssimos: o iPod, o iPhone, o iPad, todos indiscutivelmente o número 1 de sua categoria. Todos embalados no sistema operacional mais amigável, o iOS, e em serviços que mantém o seu consumidor fiel. Entrou para o mundo Apple, é difícil sair.

Importante lembrar que a Apple não inventou o MP3 Player, o smartphone, nem o tablet. E vale ressaltar que a Apple não tem o maior market share em nenhum dos segmentos em que atua. Mesmo assim, é a maior empresa do mundo em valorização de mercado e dá rios de dinheiro para seus acionistas.

É claro que existem muitos fatores que explicam fracassos e sucessos, não só um lema ou uma estratégia. Seja da Inbev ou do boteco da esquina. Você pode e deve desconfiar de receitas mágicas, ou de bilionários que parecem ter o "toque de midas". Duvide de empresas que divulgam práticas empresariais angelicais e lucros recordes. Isso é sempre 90% propaganda e assessoria de imprensa.
Mas o foco em tornar a sua empresa a melhor na sua área de atuação - seja qual seja - dá uma clareza imensa. Força você a alinhar seus recursos, seu tempo, sua equipe, seu esforço pessoal. Independente do tamanho da empresa.

Sendo brutalmente honesto, o mundo dos negócios é uma guerra. Em ano de crise, com juro alto, desemprego alto, inflação alta, é guerra sem trégua. Então, caro amigo, vamos lutar por uma política econômica anti-recessão, gritemos por juros baixos, pela modernização da economia, pela defesa da renda do brasileiro, e principalmente pela proteção dos mais frágeis e necessitados. Mas enquanto lutamos pelo que é de todos, não descuide do que é seu. Resmungar do governo, qualquer governo, não paga as contas.

Sem querer me meter a guru e já me metendo, deixo o conselho: se eu fosse você, decidia nesse minuto ser O MELHOR em uma única coisa. Não sei de estratégia melhor para enfrentar o novo ano. Escolha seu front. E ataque com tudo. Foco total. Sem distração. Sem desvios, sem atalhos, sem ego.
Em 2016, seja o número 1.

LinkedIn Pulse news@linkedin.com

 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Dólar, inflação e PIB. Quais são as previsões iniciais do mercado para 2016

  Analistas de mercado financeiro começaram o ano de 2016 pessimistas. A julgar pelas previsões, o futuro próximo não será nada fácil para a economia, e, por consequência, para os brasileiros.
As estimativas de inflação e crescimento divulgadas nesta segunda-feira (4) são ainda piores que as da última semana, tornadas públicas antes da virada do Ano Novo.
Os dados constam no relatório Focus, elaborado pelo Banco Central semanalmente a partir de consultas a analistas do mercado financeiro. Embora seja apenas a primeira previsão do ano, ela serve como um indicador para meses que virão.
Estas são algumas previsões:
-2,95%
queda prevista do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016
O PIB é o resultado da produtividade da economia do Brasil e indica se o país está crescendo ou está em recessão, caso do cenário atual. É um dos principais indicadores econômicos e, até o momento, é o que mais preocupa.
A primeira previsão dos analistas para 2016 foi feita em 28 de dezembro, prevendo uma retração de 2,81% no PIB para o ano que se inicia agora. O índice, que já era ruim, foi revisto para baixo uma semana depois.
No ano passado, o PIB também minguou. Inicialmente o mercado acreditava que 2015 terminaria com índice positivo de 0,5%. O resultado real só será divulgado em março, mas a previsão mais recente do próprio Banco Central é de que conta dos últimos 12 meses feche em -3,6%.
6,87%
índice IPCA previsto para 2016. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é considerado o índice oficial de inflação do país. O mercado aposta que ele vai chegar em 2016 a 6,87%, estourando o teto estabelecido pelo governo.
Esse teto funciona assim: o Banco Central trabalha com o sistema de metas de inflação, que procura estimular um limite para o IPCA. Atualmente o "centro da meta" é de 4,5% ao ano, com um limite de até 6,5%. Esse sistema procura dar segurança ao mercado e indicar que o governo se empenhará para ficar dentro daquele intervalo. Desde que assumiu, em 2011, a presidente Dilma Rousseff nunca conseguiu encerrar o ano no centro da meta.
O ano de 2015 é um exemplo. Em janeiro de 2015, a Pesquisa Focus estimou que o índice chegaria a 6,56% em dezembro. O dado real só será divulgado nos próximos dias, mas já se sabe que será maior que 10%, ou seja, não só fora do centro mas também longe do teto da meta.
R$ 4,21
é a previsão da cotação do dólar para o fim de 2016.
Essa é a mais incerta das previsões. São muitos os fatores, internos e externos, que podem influenciar o mercado de câmbio. O quanto o dólar vai valer no final de 2016 vai depender da saúde das contas do governo, dos juros nos Estados Unidos, da desaceleração da economia da China, grande compradora de alguns dos principais produtos exportados pelo Brasil, como minério de ferro e soja.
No começo de 2015, por exemplo, a pesquisa Focus estimava o dólar em R$ 2,80, bem abaixo dos R$ 3,94, valor verificado no último dia do ano.
Previsões mudam, mas indicam rumos
Os resultados dos índices de dólar, inflação e PIB terminaram 2015 bem diferentes dos previstos inicialmente. Para 2016, portanto, é difícil assegurar que as previsões se mantenham fieis aos dados divulgados nesta segunda-feira.
O economista Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria, lembra que todos os índices são revistos ao longo do ano e servem como um “balizador dos rumos” da economia. “Nos últimos anos o ambiente econômico tem passado por situações muito turbulentas. Com os dados que temos hoje, essas projeções [para 2016] estão de acordo com o cenário atual”, avalia.
Lilian Venturini e José Roberto Castro
04/Jan/2016
https://www.nexojornal.com.br

Exercite a síntese de sua comunicação e pare de perder oportunidades

    Eu sempre fui muito sensível com as palavras. Talvez porque estudei Letras e uma das disciplinas, estilística, envolvia decifrar o que ...