quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SETE COMPETÊNCIAS QUE FAZEM DIFERENÇA

Com toda essa revolução no mundo do trabalho, nós temos encontrado diversos profissionais muito bem preparados, competentes, à disposição do mercado.

As oportunidades estão mais escassas e a disputa muito acirrada. Muitos, inclusive diante da demora em encontrar uma boa recolocação, já reduziram suas pretensões salariais, aceitando, até mesmo posições menos importantes!

O mercado continua recebendo gente recém-formada, pequena parte com formação destacada; muita ambição; determinação e ousadia!

Ficam algumas indagações, no ar, sobre quais competências são as mais decisivas nessa busca de um novo emprego nesse momento em que o mercado começa a reagir de maneira mais clara. O que faz diferença?

Enumeramos algumas competências, que nos parecem mais exigidas pelo mercado, agora, ainda mais exigente e muito mais seletivo. Tais competências (algumas delas tradicionalmente exigidas) nos parecem decisivas na ampliação da empregabilidade:

1- ATITUDE PROATIVA

Profissionais com bastante iniciativa e visão clara de seus papéis na sua vida fazem diferença! Muito bom constatar numa entrevista que o profissional avaliado consegue mostrar-se protagonista e não apenas figurante na busca de emprego.

Quando ele não tem clareza de seus valores; não esboçando sua visão e não especificando sua Missão Pessoal, ele torna-se frágil e não nos convence.

Fica difícil encaminhar para as empresas, clientes, candidatos sem metas e objetivos claros em sua vida. Esses não têm rumo certo em sua trajetória e não acenam com o devido comprometimento.

2- CAPACIDADE DE RESILIÊNCIA

Quem enfrenta situações difíceis, de forma equilibrada, mostra maturidade e superação!

Quando um profissional suporta pressões, críticas e momentos adversos, sem se perder em stress e dores de cabeça, vê-se que ele pode receber missões mais desafiadoras e complexas!

Profissionais resilientes não se abatem, perdendo o humor, diante de uma situação de insucesso, antes aprendem com os erros!

3- PESSOAS MOTIVADAS, POSITIVAS

O mercado quer profissionais com brilho nos olhos; gente que descobre no seu trabalho satisfação em razão de cada conquista obtida!

Todos querem profissionais que vejam o copo meio-cheio e não meio vazio! Ter pessoal na equipe, com essa postura, faz enorme diferença, pois com esse espírito, as dificuldades e os desafios são vistos como oportunidades de crescimento e não como castigo e infelicidade.

Há poucos dias, numa recepção de um consultório ouvi dois comentários sobre um acidente que a recepcionista contou ter sido vítima, quando um carro que saía de uma garagem esbarrou nela, jogando-a ao chão, embora sem nenhum ferimento grave. Ela disse aos que ali estavam: isso só acontece comigo! Uma senhora, ao lado, falou para mim: puxa, que sorte dela não ter se machucado quase nada!

4- PESSOAS COM SOLUÇÕES E NÃO COM PROBLEMAS

Terrível perceber numa entrevista de avaliação de profissionais, como alguns expõem sua história, destacando seu azar nas empresas por onde passaram: essa fechou as portas no Brasil; aquela dispensou na crise os que foram contratados mais recentemente e ele foi premiado; naquela outra houve uma grande reestruturação e ele foi incluído na dispensa!

Que bom identificar profissionais com visão e com idéias criativas, mostrando que por onde passaram deixaram realizações e marcaram sua presença de forma colaborativa e produtiva!

Esses nos passam os nomes de pessoas para referências, sem pestanejar, citando seus fones e e-mails rápido, sem gaguejar!

5- GENTE COM POSTURA CLARA, LÓGICA, TRANSPARENTE

Ao avaliar um candidato, antes de tudo, procuramos descobrir nele seus pontos fortes, suas forças e realizações.

Não somos daqueles que, nos processos de avaliação, focam, antes de tudo as limitações e fraquezas, ainda que isso seja observado, sempre, pois há limitações e fraquezas que interrompem os processos seletivos, pois elas ameaçam qualquer ambiente!

A capacidade de se comunicar, com raciocínio lógico, com começo, meio e fim, sem dúvida, é o primeiro passo para que alguém possa causar uma boa impressão inicial, deixando uma marca positiva em um clima de gradativa empatia!

6- GENTE COM MENTE ABERTA, FLEXÍVEL

Quando um candidato se mostra aberto, flexível, a entrevista deslancha, favorecendo suas colocações objetivas e informações pertinentes sobre sua história pessoal e sua história profissional.

Em geral, candidatos, com conteúdo, evitam a utilização de frases-clichês, repetindo o que leram nos manuais, ou que ouviram nos cursos e textos do Max Gehringer, Marins, Shyniashiki, ou os tradicionais chavões das revistas mais conhecidas, como: Você; Vencer, Exame etc.

Quando se trata de cargos mais estratégicos, espera-se dos entrevistados visão mais profunda dos temas , tais como: planejamento de carreira; visão de negócios; sistemas avançado de gestão de empresas nacionais e multinacionais; formação de times; fatores motivacionais; tratamento de conflitos; comunicação organizacional; planejamento estratégico; negociações ganha-ganha; lean manufacturing; otimização de processos de gestão administrativa ou da manufatura.

Muito bom, quando encontramos candidatos familiarizados com esses temas, não se limitando a ler textos de revistas com sínteses sobre essas questões de gestão.

Quem busca oportunidades especiais, em geral, já leu, ao menos, O Monge e o Executivo; A Arte da Guerra; O Gerente Minuto; Inteligência Emocional; O Mundo é Plano; O Segredo de Luísa; A Meta; Sete Hábitos das Pessoas Eficazes; alguns mais evoluídos já se aventuraram a ler Peter Drucker ; Tom Peters; Michael Porter; Domenico Di Masio; Peter Senge; Douglas MacGregor; Gary Hammer; Kottler; Paul Hersey; Daniel Goleman; H. I. Ansoff; Prahalad; R.Levering, além das dicas de gestão do Professor Falconi , etc.

7- PESSOAS DESARMADAS, DISPOSTAS A CRESCER

ao nos depararmos com candidatos assertivos, sem pré-julgamentos, com boa história de busca do seu auto-conhecimento, sentimo-nos em terreno firme.

Vez por outra, sentimo-nos incomodados com a postura de candidatos, com respostas evasivas; inseguras. Isso é muito comum com aqueles que ficaram longos anos numa mesma empresa e que ainda raciocinam como se estivessem no cargo anterior.

Esses buscam novas oportunidades, onde possam desfrutar de benefícios e salários similares aos que recebiam anteriormente. Essa atitude perdura, nos primeiros meses, até que o candidato, cansado de receber respostas negativas, acorda dessa letargia e, então, descobre que o tempo anterior se findou, só restando partir para novos rumos para sobreviver, superar-se e certamente crescer!
Muitos não entendem por que motivo esse longo tempo de casa o prejudica na busca de nova recolocação, mas a realidade nos mostra que poucos, com esse histórico, estão dispostos a investir no crescimento e começar de novo!

Mais fácil contratar alguém com menos resistência, desarmado, que queira assumir novas responsabilidades, sem essa saudade mórbida e desconfortável do passado... (antigamente se dizia que era saudade das cebolas do Egito, em alusão aos judeus que no êxodo rumo às novas terras sentiam saudades da comida do Egito, onde havia cebola à vontade...).

Antonio Carlos Vaz de Lima (Comentários ou sugestões para animarh@terra.com.br)

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