Nossos dias nos levam, cada vez mais, a uma inquietante indagação sobre o que é mais importante em nossas vidas: o Ser ou o Ter?
Se perguntarmos a qualquer pessoa o que é mais importante: ganhar dinheiro ou dedicar-se à família? Praticamente todas responderão “família” sem hesitação.
Se perguntarmos a qualquer pessoa o que mais vale para ela: a aprovação dos estranhos ou a afeição daqueles que lhe são mais queridos? Esta pessoa reagirá de forma a expressar o não entendimento da pergunta, visto que, é óbvio que nada significa mais para ela que a família e os amigos mais chegados.
Pergunte a qualquer pessoa o que ela quer da vida e a resposta provavelmente será: “Tudo o que mais quero é ser feliz, viver bem, estar em paz e ter tranqüilidade!”.
Então, eu os convido a fazer algumas reflexões:
No que você realmente investe seu tempo e sua energia?
Quantos de nós reprimimos nossos filhos, ou esmagamos sua (e a nossa) espontaneidade, por medo do que os vizinhos ou estranhos possam pensar?
Quantos de nós descarregamos nossa raiva nos que são mais próximos, porque tivemos um dia difícil no trabalho ou porque algum acontecimento (ou outra pessoa) nos irritou?
Por que o sentimento da felicidade tem de ser tão fugaz, escapando tanto das pessoas que conseguem o que querem da vida, quanto das que não o conseguem?
Você perceberá que não vive realmente de acordo com aquilo em que diz acreditar.
O ritmo ditado por nosso tempo nos convenceu de que, saindo de casa para o trabalho mais cedo e voltando mais cansado à noite, provaremos à nossa devoção à família. Acreditamos que esforçando-nos e enfadigando-nos proporcionaremos a posse, o Ter todas as coisas que a mídia leva-nos a crer serem necessárias, para dar-nos mais prazer, conforto ou status.
É óbvio que nada significa mais para cada um de nós que nossa família e os amigos mais chegados. No entanto, quantas vezes nos pegamos abafando nossa espontaneidade, para não damos margem aos outros de nos criticarem, pois não suportaríamos ter que conviver com “o que vão pensar ou estão pensando de mim”.
O que mais ouvimos nos últimos anos é um discurso enfadonho sobre “qualidade de vida”, com fórmulas mil, que vão desde uma alimentação saudável e exercícios físicos, até leituras que propõem roteiros para mudar nosso estilo de vida. Tudo isso num esforço permanente para encontrar aquele estado tão sonhado da chamadaFelicidade.
Desse modo, hoje observamos de forma contundente que, em seu Planejamento Pessoal, as pessoas querem “Ter” (o que não deixa de ser saudável e necessário). Contudo, há uma necessidade gritante que esse “Ter” venha acompanhado do “Ser”.
Nossas empresas carecem fortemente de profissionais que revejam sua postura, onde o Ser esteja em evidência e o Ter seja conseqüência.
As pessoas deveriam refazer seu Planejamento Pessoal começando pelo “Ser”, revendo seus conceitos, tendo a humildade de reaprender, buscando novas maneiras de fazer e gerir seu trabalho. Para daí, culminarem no Ter, que é saudável e necessário (como dito anteriormente). Essa pode ser sim uma nova postura adotada pelo “novo” profissional de nossos dias, onde suas habilidades estarão em evidência, permitindo que se mantenham no mercado de trabalho de forma diferenciada e produtiva
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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