Evolução
No passado, a carreira de uma
pessoa tinha como característica “vida na empresa”, quanto mais tempo você
trabalhava na mesma empresa, mais você era remunerado e, normalmente, as
possibilidades de ascensão eram verticais. Sendo assim, as empresas eram
responsáveis pela carreira dos seus empregados.
Na década de 80, a descrição
de cargos vira moda nas grandes empresas com o objetivo de promover planos de
carreira aos seus colaboradores. Mas, como nem todos desejavam e tinham aptidão
para assumir um cargo de chefia, surge a carreira em Y que dá opção de seguir
dois caminhos diferentes, ser promovido para um cargo de chefia ou tornar-se um
especialista.
Com a globalização, o advento
das novas tecnologias e as mudanças incessantes e constantes que vêm afetando o
ambiente empresarial desde a década de 90, surge a necessidade de adaptação a
tais fatores por parte das empresas e dos profissionais. Diante disso, o lema
vira “empregabilidade”, palavra que vem do inglês Employability e significa o
conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos que tornam um
profissional preparado e importante não apenas para a empresa em que atua, mas
para qualquer companhia que tenha a necessidade de contratá-lo.
E hoje?
Atualmente, quem compete no
mercado de trabalho investe mais por conta própria na formação, negocia seu
talento com mais desenvoltura e assume total responsabilidade pelo seu plano de
carreira independentemente da empresa em que trabalha. Esta é a aplicação, na
prática, do conceito de carreira sem fronteiras, descrito há alguns anos pelo
professor britânico Michael Arthur.
Invista no autoconhecimento
A parte mais importante,
desafiante e constante no desenvolvimento profissional é, sem dúvida, conhecer
a si mesmo, reconhecer os seus valores e ter clareza dos seus talentos. Caso
contrário, pode cair em armadilhas quando se executa um trabalho que demanda
pouco dos pontos fortes e muito dos pontos fracos, perder o foco e ter uma
visão limitada das possibilidades que surgem devido a uma insegurança de quem
não se reconhece.
Explore todas as oportunidades
Boa parte das pessoas, ainda,
limita-se a orientar as suas carreiras apenas considerando o organograma e
plano de cargos e salários da empresa em que atua. Procure explorar
oportunidades dentro e fora da empresa, em busca de tendências e de opções
alinhadas com seus objetivos.
Seja estrategista e crie
objetivos que dependam de você
É imprescindível ter metas
definidas com prazos para serem alcançadas. Porém, tome cuidado ao definir que
em 3 anos você tem como objetivo alcançar o cargo X, pois esse é um referencial
externo que depende de terceiros e você corre o risco de se frustrar. Sugiro
que tenha como objetivo principal algo que dependa única e exclusivamente de
você. Responda a pergunta: “Como posso estar mais realizado profissionalmente
daqui a 2, 5 ou 10 anos?”. Em seguida, trace objetivos secundários que, neste
caso, podem estar relacionados a assumir a liderança da equipe y na empresa A.
Foque na ação para alcançar a
realização.
Os objetivos definidos serão
possivelmente alcançados quando você traçar um plano de ação consistente. Crie
mini metas para serem alcançadas e especifique quais serão os indicadores de
sucesso. Para isso, responda a pergunta: Como saberei que estou alcançando meus
objetivos na carreira?
Monitore, comemore e mude se
for preciso.
Revise, constantemente, o seu
plano de carreira verificando se os indicadores de sucesso estão sendo
alcançados e, em caso positivo, comemore. Esteja aberto aos resultados e se for
preciso mude.
Fonte: http://www.rh9.com.br/